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A Viagem - Capítulo 1.

em segunda-feira, 3 de março de 2014 |
A Viagem

Quase perco o voô.




Acordo com o despertador apitando em meu ouvido. Arg! Dá vontade de tacar no chão, igual nos filmes, mas se eu fizer isso ele quebra e eu tenho que comprar outro. Encaro o despertador, que marca 07:35 da manhã, até perceber que meu pai passa para me pegar ás oito horas.
Meus pais se separam á alguns meses, e minha mãe ficou com minha guarda e dos meus irmão, Cato e Marvel. Desde então, nunca mais vi meu pai. Cato e Marvel vão para a casa dele direto, dormem lá, mas só porque sabem que lá podem fazer qualquer coisa. Por conta disso, meu pai vai me levar para passar as férias em Santa Catarina, só nós dois. Por mim, eu não iria, mas minha mãe me colocaria em um internato se eu não fosse.
Corro me arrumar. Tomo banho, me visto e quando começo a escovar os dentes, meu irmão, Cato, abre a porta do banheiro. Ele está ridículo, usando um pijama cuja calça é cheia de carneirinhos e está com o cabelo totalmente bagunçado. Ele põe a mão na boca para bocejar e depois começa a me encarar.
– Tenho cara de palhaço? - pergunto, colocando a mão na cintura.
– Com essa pasta de dente pelo rosto? Sim - ele diz, rindo.
Eu peguei a caixa vazia da pasta de dente e taquei em Cato, mas ele foi mais rápido e saiu antes que pudesse acertá-lo. Tranco a porta, para não ser incomodada mas uma vez. Quando volto a escovar os dentes, alguém bate na porta. Abro a porta e dou de cara com Marvel. Bato a porta, sem me importar com ele. Finalmente, consigo terminar de escovar os dentes. Depois disso, deço as escadas e vou para a cozinha. Chegando lá, vejo Marvel e Cato. Provavelmente, minha mãe já deve ter saido para trabalhar.
– Cadê o papai? - pergunto, olhando para o relógio. Ele estava atrasado.
– No meu bolso não está - Marvel respondeu.
– Muito engraçado Marvel. Eu já não queria ir nessa droga de viajem! - digo, saindo da cozinha, batendo a porta.
Sento no sofá e ligo a televisão. Não demora e meus irmãos surgem, ambos sentando do meu lado. Cato começa a comer seu cereal enquanto Marvel fica mudando de canal. Finalmente, ouço o som da buzina de um carro. Olho no relógio. 08:30. Meia hora atrasado. Pego minhas malas, que estão no canto da sala. Abro a porta e saio, sem me importar com meus irmãos. Me preparo para encarar meu pai.
– Querida, quanto tempo - ele diz, vindo me abraçar.
Desvio e sigo em direção ao carro. Ele abre o porta-malas e enfia minhas malas lá dentro. Eu entro e sento, olhando ele pelo retrovisor. Logo em seguida ele entra no carro e liga o motor.
– Pronta? - ele pergunta.
– Nunca - respondo.
Pego meu celular, enfio os fones em meus ouvidos e ligo a música no máximo, mas meu pai tira meus fones. Começo a encará-lo, e ele apenas diz:
– Vamos chegar logo ao aeroporto.
Em vez de tentar discutir, que seria algo ridículo, já que meu pai acabaria tendo a palavra final.


HORAS DEPOIS...


Acordo com meu pai me sacudindo. Já tinhamos chego em Santa Catarina. Que droga! Tiro meus fones e os jogo na blosa. Logo, saímos do avião e pegamos um táxi até a casa de minha tia, Lyme. Eu, literalmnete, voô do táxi quando chegamos. Mas como sou desastrada, acabo caindo em cima de alguém. Fico encarando um belo par de olhos azuis, até que meu pai vem me ajudar.
– Querida, está tudo bem? - ele me ajuda a levantar.
– Tudo - digo - Você está bem? - pergunto ao rapaz.
Reparo bem nele. Olhos azuis, como o mar, cabelos louros, ombros largo, alto. Muito bonito.
– Tudo, foi só um susto - ele diz rindo.
Olho para a porta da casa de minah tia. Por lá sai meu primo, Finnick, e minha pirma, Delly. Acompanhando ele, minha tia Lyme, que em seus quarenta e cinco anos, está em plena forma. Sério, parece que minha tia tem trinta anos. 
– Querida, como você cresceu - ela diz, vindo me abraçar.
A última vez que vim para cá, eu tinha apenas dez anos de idade. Naquela época, Marvel usava uma capa e Cato chupava o dedo para dormir. E sim, eles também tinha dez anos, na época. Aliás, eles tem a mesma idade que eu. Só que são umas antas.
– Oi tia - respondo - Oi Finnick, Delly.
– Me surpreende que você se lembre do meu nome - Finnick brinca e Delly ri.
– Finnick! - Lyme exclama - Desculpe - ela diz para mim - Peeta, querido, o que faz deitado em nosso gramado.
Peeta. Então Peeta é o nome do garoto. Um belo nome, combina com ele. Finnick e Delly começam a rir. Meu pai pega uma mala e pede que eu segure. Imagine a cena.
– Eu cai - Peeta responde.
Finnick e Delly vão ajudá-lo a levantar. Não sei porque. Ele não é alejado nem nada do tipo. Meu pai termina de tirar as malas e paga o táxi. Peeta vem e pega a mala que está em minha mão.
– Eu levo - diz Peeta, entrando na casa.
Olho com desconfiança para minha tia.
– Ele é melhor amigo de Finnick, eles praticamente cresceram juntos. Ele já é de casa - ela explica.
Estranho. Quando eu era pequena, vinha bastante para cá mas não me lembro de nenhum Peeta. Apesar, de que...nós nos conheçemos da última vez vim para cá. Eu lembro que aconteceu alguma coisa com a perna dele, pois lembro que minha tia foi levar Finnick para vê-lo no hospital e eu fui junto. O mundo dá voltas, não é mesmo?

Continua...

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