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Rebelde - Cap. 5

em sexta-feira, 14 de março de 2014 |

POV- Diego

- Então eu não vou dizer.

No mesmo instante ela levantou a cabeça e me olhou assustada.

- Eu quero você pra mim. - Eu disse arrumando uma mecha do seu cabelo.

- E quem disse que eu quero ser sua?

- Tá, pra mim já basta! - Eu me levantei e quando estava saindo ela me puxou pelo braço fazendo com que eu me virasse.

- Eu quero ser sua. - Ela sussurrou.

Foi então que eu a puxei pela cintura e lhe dei um beijo, ali no meio do refeitório. Foi quando eu ouvi um grito.

- Até que enfim né? - Me virei e quem havia gritado? Tomás.

Roberta me olhou rindo e escondeu o rosto no meu ombro.

- Que vergonha. - Ela sussurrou.

Foi então que eu a abracei e beijei sua testa.


- Não fica assim olhos lindos.

Eu peguei sua mão e a puxei pra fora, nós fomos até o jardim e ela não disse uma só palavra.

- O que foi? - Perguntei.

- Nada.

- Fala.

- É que ontem a gente estava brigando que nem gato e rato, e agora a gente tá aqui. É estranho não é?

- Vou te confessar, é sim. Mas todos dizem que os opostos se atraem... Tô começando a acreditar nisso.

- Eu não pensei que você fosse assim.

- Assim como?

- Assim, carinhoso sei lá.

- Vou te confessar uma coisa. Nem eu sabia que eu era assim, eu nunca tinha sentido isso por ninguém.

- Isso o que?

- Sei lá, vontade de estar junto, de te beijar toda hora.

- Você tem vontade de me beijar toda hora?

- Sim, não resisto a essa sua boca linda.

- Tá com vontade de me beijar agora?

- Com certeza.

- Então tá esperando oque?


Foi então que a puxei pela cintura e beijei aquela boca linda.
O que ela falou faz sentido... Ontem eu a odiava e hoje acho que... a amo?

POV- Alice

Que lindo os pombinhos... Roberta se faz de durona mas no fundo sei que ela só tem medo de se magoar.
Estou sentada comendo, quando Pedro se senta ao meu lado.

- Posso?

- Agora que já sentou...

- Desculpa. Quer que eu saia?

- Olha, até que seria uma ótima ideia!

- Porque você me trata assim?

- Porque não gosto de você, simples assim.

- Porque? Porque eu não me pareço com um príncipe encantado?

- É, nem de longe você se parece com um. Mas não é por isso.

- É porque então?

- É porque você é grosseiro, rude e convenhamos que se veste muito mal.

- Então tá bom Cinderela, acho que já me insultou o suficiente por hoje...

- Você veio aqui porque quis...

Ele saiu bravo e carrancudo, eu apenas dei risada.
Garoto chato, será que o que eu disse ontem não foi o suficiente?
Terminei meu café da manhã e fui pra sala, estava quase na hora de começar a aula. Coloquei meu notebook em cima da carteira e me sentei, quando Carla entra na sala e se senta perto de mim.

- Oi Alice.

- Oi Carla.

- E então, o Pedro está a fim de você não é?

- Infelizmente eu acho que sim.

- Eu o conheço, ele é um cara legal... Dá uma chance pra ele.

- Ah não Carla, você também não...

- É sério Alice, eu o conheço desde que era criança, nós moramos na mesma rua. Ele é um garoto muito bacana, só precisa dar uma chance de conhecê-lo melhor.

- Não Carla, você pode ficar aqui o dia todo falando de como ele é legal e tudo mais, mas não vou dar uma chance a ele.

- Tá bom, se mudar de ideia me avise.

- Espera sentada...

Era só o que me faltava agora... "Ele é um garoto muito bacana...", fala sério!
Foi quando Roberta chega na sala cheia de amores com Diego, eu apenas olho e sorrio para os dois.
Depois de longas horas, as aulas acabaram, subi para o meu quarto para trocar de roupa e depois desci para a sala de estar, me sentei no sofá para assistir filme, quando pedro se senta ao meu lado.

- Qual é... Me deixa em paz! Por favor, eu te suplico...

- Eu só quero assistir filme, não pode? Pelo que eu saiba a sala de estar é livre para qualquer aluno usar...

- Fala sério... E você não pode se sentar em outro sofá?

- Esse aqui é melhor... Fica bem de frente pra TV...

Respirei fundo e me segurei pra não ter um chilique.

- Já que você quer ficar sentado neste sofá, então pode ficar! Eu vou para o outro...

Me levantei e me sentei no sofá ao lado.

- E então... Gosta desse filme? - Pedro me perguntou.

- Gosto, e quero muito assisti-lo, se puder ficar quieto... Eu agradeço.

- Tá bom.

Ele não disse mais nada durante alguns minutos, mas percebi que ele estava inquieto.

- Estou com fome, vou pegar alguma pra comer... Quer que eu pegue algo pra você também?

- Não... Bom, na verdade eu quero sim... Quero um milk-shake de morango, uma torta de chocolate, pode trazer também pipoca, batata frita, e uma garrafa de coca-cola.

- E onde é que eu vou arrumar tudo isso?

- Não sei, você perguntou se eu queria alguma coisa e eu respondi...

- Não está tentando me dispensar não né?

- Claro que não... Eu? Como pode pensar isso de mim? - Eu respondi cinicamente.

- Engraçadinha... sabe que eu perdi a fome? Vou ficar por aqui mesmo.

- Ah fala sério!!! Fiquei tão feliz quando você disse que ia sair daqui... - Eu disse cruzando os braços e fazendo biquinho.

- Pois é, tudo o que é bom dura pouco... Vou ficar!

Bufei e peguei uma almofada que tinha do meu lado e coloquei no rosto para abafar o som do meu grito.

- Ahhhhhhhhhhhhh!

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