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Rebelde - Cap. 1

em quinta-feira, 13 de março de 2014 |

É o primeiro dia de aula no colegial, Roberta chega com mechas cor de rosa no cabelo, lentes de contato rosa, jaqueta de couro e shortinhos jeans, sim, essa é a Roberta. 


Enquanto andava pelos corredores tentando encontrar seu quarto ela esbarra em um garoto, que por si tinha um estilo completamente diferente do dela.


- Ei garoto, não me viu não?

- Tá brincando? Tem coisa muito melhor pra se ver nesses corredores do que ficar olhando pra você.

- Presta atenção, se esbarrar em mim de novo eu te mato.

- Nossa que medo.

- Ah, sai da minha frente! - Ela diz empurrando o garoto.


POV - Roberta

Garoto petulante! Nem se enxerga com aquele jeitinho de filhinho de papai, babaca!
Mas que porcaria, onde é que fica o meu quarto?
Eu andei durante uns dez minutos por entre aqueles corredores intermináveis, até que encontrei o meu quarto.

- Quem será essa tal de Alice?

- Essa tal de Alice sou eu! - Ouço uma voz atrás de mim, me viro e me deparo com a Barbie em forma de gente.



- Alice? Achei que você era a Barbie.

- Muito engraçado. Há, há, há. - A garota disse enquanto abria a porta do quarto.

Eu a empurrei e entrei no quarto antes dela e joguei minhas coisas em cima da cama perto da porta.

- Essa cama é minha!

A garota apenas me olhou revirando os olhos e colocou suas coisas em cima da cama perto da janela.
Coloquei minhas coisas no armário e depois peguei o meu ridículo uniforme e fui até o banheiro. Me troquei e quando saí Alice me olhava pasma.

- O que foi? Perdeu alguma coisa aqui?

- O que você fez com o uniforme?

- Gostou?



- Você é patética. Ficou ridícula!

- Ficou melhor que o seu Barbie.

Sai do quarto e deixei a Barbie sozinha. Já estava quase na hora das aulas começarem, então fiquei no corredor perto da porta da sala, esperando o professor entrar. Depois de alguns minutos, ele chega e quando eu estava entrando alguém esbarrou em mim.

- Ah não, a psicopata de novo não!

- Engraçadinho. Eu disse que se você esbarrasse em mim novamente, eu te mataria.

- Ou, ou, ou... Ninguém vai matar ninguém aqui, pelo menos não na minha aula. - O professor começou a puxar o "engomadinho" pra dentro.

- Que seja.

Entrei na sala e me sentei na última carteira, abri meu notebook e o professor começou com o blá, blá, blá.

- Bom dia! Meu nome é Vicente, sou professor de português.


Achei que a aula seria um tédio, mas até que foi boa, esse tal de professor Vicente é bem descontraído.
Enfim, a aula acabou, e quando estávamos saindo da sala o tal "engomadinho" ficou esperando eu passar pela porta.

- Pode passar, não quero me esbarrar em você outra vez e correr o perigo de morrer não é?

- É bom ter medo.

- Com certeza você me mete medo. De onde tirou esses olhos cor de rosa?

- Te interessa?

- Não, não mesmo.

- Toma seu rumo garoto.

- Diego.

- O que?

- Diego é meu nome.

- Ah entendi, você quer uma apresentação formal... Meu nome é Roberta. Agora vaza.

- Tá bom, Roberta... A gente se esbarra por aí.

- É melhor não.

O garoto virou as costas e saiu dando risada.

POV - Diego

Garota ridícula. Se acha com esse jeitinho de "rebelde".
Fui para o meu quarto e nada do meu "colega de quarto" aparecer. Quem será esse tal Tomás?
Deitei na cama e coloquei os meus fones de ouvido, quando ouço alguém abrir a porta.

- Tomás? - Eu pergunto tirando os fones de ouvido.

- Esse é meu nome. - O garoto diz indo até o armário.


Ficamos ali em silêncio, quando ele vem até mim.

- O que eu perdi?

- Hã?

- Que aula chata eu perdi?

- Português.

- Odeio português, ainda bem que me atrasei. Você é Diego certo?

- Certo.

- E então Diego, toca violão? - Ele disse enquanto olhava para o meu violão em cima da cama.

- Toco sim.

- Legal.

Nós ficamos ali conversando por alguns minutos, o garoto parecia ser gente boa. Gostava de música como eu, acho que não teremos problemas... Saímos do quarto para a próxima aula, fomos conversando até que Tomás vê alguém que te chamou a atenção.


- Nossa, que coisa linda. - Ele disse olhando para a garota encostada na parede conversando com uma amiga.

- Bonitinha...

- Bonitinha? Tá de brincadeira?

- Não faz meu tipo oras...

- Você é gay!

- Cala a boca!

Tomás se dirigiu até a garota e começou a se apresentar. Ele se acha o tal... Começou a jogar cantadas baratas pra cima da garota e eu só via ela dando risada. Ele veio até mim com um sorriso no rosto.

- Tá no papo!

- Ela caiu nas suas cantadas ridículas?

- Fazer o que? O Tomás aqui arrebenta!

- Tô vendo! - Eu ri.

Nós entramos na sala de aula, e a psicopata ficou me olhando torto.

- Parece que ela está caidinha por você. - Tomás disse batendo no meu ombro.

- A psicopata? Está louco!

- Porque psicopata?

- Porque ela é louca! Só porque eu esbarrei nela sem querer ela disse que vai me matar.

- É amor cara.

- Ah sei. E você é o que? O mestre do amor?

- Digamos que sim!

Cara, esse garoto é muito mala.

- Vai falar com ela! - Tomás me sugeriu.

- Você está doido?

- Porque doido? Ela não vai te matar em público.

- Eu não tenho tanta certeza assim. E outra, ela não faz o meu tipo.

- Qual garota faz o seu tipo então? Ah esqueci que você é gay, melhor eu parar de andar com você, vai que você está a fim de mim...

- Cala a boca Tomás! - Eu disse lhe dando um soco no ombro.

- Está tudo bem ai Sr. Maldonado? - O professor perguntou de lá da frente.

- Está sim.

- Então fecha a boca e presta atenção na minha aula.

Ouço risos vindo do fundo da sala, olho para trás e vejo a psicopata rindo. Reviro os olhos e me viro para Tomás.

- Viu o que você fez? - Eu perguntei sussurrando.

- Ah cala a boca seu viadinho. - Ele disse rindo.

Eu vou matar esse garoto. Espera só a aula acabar.

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