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A viagem - Capítulo 3.

em domingo, 9 de março de 2014 |
A Viagem

Discussão.



– Peeta? O que está fazendo aqui? - pergunto, colocando meu shorts rápido.
– Seu pai pediu para te acordar - ele responde, rindo.
Reviro os olhos. Caminho até o outro lado do quarto, para pegar minha blusa, que se encotra em cima da mala. Durante isso, sinto o olhar de Peeta sobre mim. Eu juro que se essa não fosse a casa da minha tia e o Peeta não fosse amigo do Finnick, eu iria pegar ele. Espera! Talvez seja isso que devo fazer para que meu pai desista dessa viagem ridícula.
Dou meia volta e vou em direção a Peeta. Mas o desgraçado é mais rápido, sai e fecha a porta. Droga! Ele é esperto para perceber, não é como os garotos com quem já fiquei. Nessa hora, meu celular começa a tocar, reconheço que é pelo toque. Sogrão Caprichou, Clove.
– Kit Kat! - ela diz do outro lado da linha e eu bufo - Ai Kat, se anima, as férias estão só começando. Fiquei sabendo da festa em sua casa, seus irmãos são...
– Festa em casa? - grito.
– Kat, vai me dizer que não sabia. Isso ia ser uma piada.
– Clove, eu estou em Santa Catarina, como ia saber! - grito, irritada e desligo o celular.
Finalmente, consigo colocar minha blusa. Ajeito o cabelo e deço as escadas. Como minha família fala alto, senhor. Preparo-me para ser encarada por todos. Chego na cozinha e todos me encaram, quietos. Sento em uma banqueta, ao lado de meu pai e começo a mastigar um pedaço de pão.
– Que pão mais maravilhoso! - exclamo, ao terminar de comer o pão.
Delly e Finnick olham para Peeta, que tenta esconder a cabeça em baixo da mesa, e começam a rir, bem alto. Lyme, chuta os dois por debaixo da mesa.
– Que foi? - prgunto, curiosa.
– O Peeta é... - Delly começa, mas nessa hora toca a campainha.
– Eu atendo! - diz Peeta, se levantando da mesa.
–Mas você nem mora aqui - eu digo.
– Foda-se! - ouço ele gritar, da sala.
Me pego curiosa para saber o que Delly ia dizer, mas não sou do tipo que pergunta coisas desnecessárias. Peeta volta rapidamente, segurando uma folha em suas mãos.
– Quem era? - pergunto.
Em resposta, ele me entrega a folha, que tem como título "Cachorro perdido". Abaixo, tem uma foto de um vira-lata, muito fofo, e algumas informações,como nome que atende e endereço. Ergo a cabeça, e Peeta arranca a folha de minha mão, falando:
– Estão oferecendo mil reais a quem encontrá-lo. Tem que ser nós!
E ele entrega a folha a Finnick.
– Você só quer encontrá-lo por causa do dinheiro? - explodo.
Agora, Finnick passa a folha para Delly.
– Sim, porque mais seria? - ele responde, dando de ombros.
Saio correndo, ignorando os chamados. Ando até me perder. Entro em um beco, que é a parte de trás de algumas lojas e sento perto de uma lata de lixo. Porque eu vim para cá? Porque fiquei com raiva de Peeta? Nada disso faz sentido, só posso estar de TPM. E para facilitar minh avida, começa a chover. Nisso, sinto lágrimas escorrerem pelo meu rosto, querendo estar em casa, que está muito longe daqui.


HORAS DEPOIS...


Acordo e vejo que já anoiteceu e está começando a esfriar. Meu pai deve estar preocupado, já devem passar das oito horas da noite. Me encolho, pois o frio está forte mesmo. Ouço passos se aproximando. Olho para o começo do beco e vejo um garota, com cabelos negros e algumas mechas vermelhas se aproximando.
– Está tudo bem? - diz ela se abaixando.
– Não - abaixo a cabeça - Minha vida é uma droga - sussuro.
– Vem, vamos comer algo e ai você me explica como é sua vida - ela diz se levantando e estendendo a mão.
– Não saio andando por ai com estranhos - respondo.
– Não seja por isso, Johanna Mason - ela se apresenta.
– Você?

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